Soube que anda triste. Que sente falta de alguém. Que não quer amar ninguém... Vou te colocar sobre as minhas asas. Te apresentar as estrelas do meu céu, Vou secar qualquer lágrima, Que ousar cair. Vou desviar todo mal do seu pensamento. Vou estar contigo a todo momento. Sem que você me veja. Vou fazer tudo que o você deseja..." O meu nome é Guilherme e sou teu anjo da guarda."

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Libre soy.

A princesa acordou. Dirigiu-se ao quarto real,onde seus pais,Rei e Rainha dormiam. Descalça,cabelos desarrumados,ainda com sono. Se ajeitou no meio deles,invadiu a cama. Estava com frio.Muito. Suas mãos estavam gélidas,e a pequena princesa teimava em tentar aquecer,sem muito jeito,sem muito sucesso. O reino se chamava Fulgor e seus súditos apoiavam a família real,pois eram bondosos e generosos. Cultivavam todo tipo de plantação,ninguém sofria de fome.Tinham alta tecnologia,usavam em prol do bem comum. Todas as vezes em que o reino fora atacado,o povo impediu com poderio sem igual,pois prezavam pela liberdade e morreriam por seus ideais. O Rei era magnífico,exímio combatente e estratégico.A Rainha possuía o dom da Cura. E a princesa,controlava o Frio Intenso. De suas mãos,erguiam-se arcos de gelo,arcos vortaicos congelantes,e o frio em sua magnitude obedecia as suas ordens. Ainda existiam outros dois irmãos,um menino e uma menina,mas eram pequenos demais.Não tinham adquirido poder algum. O Rei acordou e disse: -Está um lindo dia,vamos nos preparar! Hoje começa as atividades de comemoração em nossa cidadela! Era uma festa sem igual! Desfiles,fogos,muita carne,bebidas,danças e diversão.O povo vibrava! Dez dias de confraternização!Todos participavam! A família real desceu ao salão onde estava servido o desjejum.Se fartaram com um belo banquete matinal. E ao longe,ele se aproximava. O povo cantava.Era um bonito dia,agradável dia. E ao longe,ele se aproximava. Fora usado uma quantidade enorme de tesouros e iguarias,roupas belíssimas,brilhantes! E ao longe,ele se aproximava. O Exercito Real trajava uniformes brilhantes,armaduras e armas que reluziam mais que o Sol. E ao longe,ele se aproximava. Se infiltrou,se alojou entre os nossos.Andava de um lado para o outro,desconfiado,soturno,perspicaz. Analisou tudo.Viu as entradas e saídas da cidade.Viu quantas pessoas estava reunidas. Viu brechas e imperfeições.Defeitos na defesa,que o ajudariam a executar seu plano sórdido. Era alto,longos cabelos escuros,barba enorme,vestia-se simplesmente,não chamava a atenção com facilidade.Nem foi percebido,era comum. Durante anos,aguardou sua vingança pessoal.Cultivou novos poderes,novas maneiras de agir.Era pragmático,misterioso. Se aproximou de todos,e ninguém pode descobrir a tempo. No meio das comemorações,ele se aproximava.Longe,mas já estava perto o suficiente. O Rei subiu ao pulpito onde iria discursar. Ao seu lado esquerdo,sua filha real. -Que se iniciem as festas de Ano Novo em nosso Reino!Súditos,divirtam-se! O povo aplaudiu com entusiasmo!Fogos estouraram por 20 minutos,começou a Grande Festa dos Dez Dias! Ele se aproximava. Se aproximou tanto,que quando algum súdito pode notar,era tarde demais. Estava lado a lado com o Rei,quando disse: -Saudações,irmão. Um arrepio percorreu o corpo do antigo Rei.Não pode reconhecer de imediato quem era,mas a voz que lhe falou alguns instantes atrás era muito conhecida. Seu irmão banido,por magia e por cometer atos de bárbara violência a mais de uma centena de cidadãos,estava mais uma vez frente a frente,no mesmo palácio. Encoberto por forte feitiço de camuflagem,o tirano se prepara para cometer mais um crime,agora contra seu próprio sangue. Debaixo de suas roupas,escondido,ele retira uma espada negra,forjada no ódio e no desamor e ergue em direção ao seu Rei. A Princesa,horrorizada,não teve tempo para pensar.Se atirou entre os dois e não permitiu que seu pai fosse morto.Estabeleceu-se como uma barreira,ergueu espesso escudo de gelo com seu poder frio e impediu que o criminoso se aproximasse. Diante de tal ato,a guarda pessoal do Rei agiu sem piedade. 50 espadas energéticas entraram no corpo do irmão renegado. Caiu morto,antes de tocar o chão. Todos olhavam para a realeza e todos gritaram. As mulheres choravam. A Rainha estava perplexa. A Primeira Princesa tremia. Tentando impedir que seu pai fosse assassinado,por descuido,encostou suas mãos no corpo dele. Ativou seu poder,e em fração de segundos,congelou o corpo do Rei,que agora se transformara em uma estátua de puro gelo! A Rainha berrava. Seu poder era Cura,mas somente em caso de pessoas doentes.Não poderia fazer nada. A Princesa chora. Ninguém até hoje conseguiu reverter qualquer encantamento dessa ordem,e o fim das pessoas transformadas em gelo seriam derreter aos poucos,sem que nada fosse feito. A Princesa chora. E essa historia continua amanhã...

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